
Pelo seu caráter saturnino e plutoniano, à primeira vista, o Morro do macaco e suas imediações parecem ser o cenário perfeito para magias manipulativas. Seu caráter telúrico e transformador sugere um local de poder bruto, ideal para práticas de alta intensidade. No entanto, esta é uma armadilha perigosa. Nossa análise revela tratar-se de um dos atos mais irracionais e autodestrutivos que um magista poderia cometer.
Se considerarmos a magia manipulativa segundo a Teoria dos Jogos, descobriremos que ela apresenta um pay-off negativo e não incorre num Equilíbrio de Nash. Portanto, ela é prejudicial não apenas para o alvo, mas também para o magista, constituindo assim, num ato irracional. Os custos energéticos, cármicos e de desgaste pessoal superam em muito qualquer ganho temporário. É uma estratégia que, no médio e longo prazo, prejudica todos os jogadores, incluindo quem a iniciou.
Numa situação de equilíbrio, nenhum participante se arrepende de sua estratégia. Na magia manipulativa, o magista inevitavelmente se arrepende, pois colhe o caos que plantou, tornando-a uma estratégia instável e insustentável. Numa estratégia racional, ninguém sai perdendo; na magia manipulativa, tanto o alvo quanto o próprio magista acabam perdendo. Enfim, além de antiética, é um ato irracional. Um magista que age como homo economicus, buscando seu próprio interesse, deveria evitar tais práticas por puro cálculo de custo-benefício.